Este artigo visa alertar sobre a importância da cautela na fase de regulação. Se você ou seu cliente recebeu uma negativa, não tome nenhuma atitude precipitada. Utilize nosso Checklist de Sinistro para garantir que todos os pontos de atenção foram verificados antes de formalizar a discordância.

Ao contratar um seguro é esperado que na ocorrência do sinistro o segurado ou seu beneficiário seja, inquestionavelmente, indenizado. No entanto, é no momento da sua execusão, ou seja, no sinistro, que a teoria encontra a prática, e a fase de regulação se revela um momento crucial desta relação.
Para o segurado, seja ele pessoa fisica ou jurídica, ter uma indenização negada pode ser um choque, mas é vital entender que esse não é, de forma alguma, o ponto final da discussão.
Como profissional do universo securitário há quase duas décadas, sei o quanto a regulação do sinistro é um ponto crucial para a execução do contrato. É o momento em que a seguradora ana lisará minuciosamente se os termos pactuados foram cumpridos e se os riscos cobertos foram efetivamente acionados.
Na Regulação os Detalhes Importam
A forma como a comunicação e a documentação são tratadas durante o processo de regulação do sinistro, determina, em grande parte, o desfecho desta fase.
Independete do intermediário, seja o corretor de seguros, o advogado ou uma consultoria especializada, a assessoria ao segurado deve ser feita com a máxima cautela.
A pressa em discordar ou em apresentar uma refuta sem qualquer base sólida pode comprometer uma análise mais aprofundada. É necessário examinar a apólice como um todo, verificar se a negativa se baseia em uma exclusão clara e expressa, e confrontar essa interpretação com a legislação vigente e a natureza do risco contratado. Uma análise superficial pode levar a um erro tático, desperdiçando a oportunidade de reverter o cenário ainda na esfera administrativa.
O Poder da Reversão Administrativa
Este é o ponto de alerta que não pode ser ignorado: é perfeitamente possível reverter uma negativa administrativa antes de se recorrer ao Poder Judiciário.
Muitas vezes, a negativa inicial da seguradora decorre de uma leitura isolada de um parágrafo da apólice ou de uma interpretação estrita de documentos apresentados pelo segurado, afinal devemos sempre levar em conta que a análise do sinistro é feita por um ser humano que, sem qualquer má intenção, pode acabar se equivocando em sua convicção.
A atuação estratégica nessa fase consiste em demonstrar, com fundamentos claros e embasados (seja por parecer técnico ou jurídico), que a interpretação da seguradora não se sustenta diante do contrato e das circunstâncias do evento.
Ao construir um argumento de refuta administrativa sólido, você convence a seguradora a reanalisar o caso sob uma nova perspectiva, baseada em fatos e direito, e não apenas em um check the box inicial. Isso não só economiza tempo e recursos que seriam gastos em um litígio, mas também preserva o relacionamento, quando possível. O Judiciário deve ser a última opção neste caso, precedida por uma tentativa robusta e bem fundamentada de solução na esfera extrajudicial.
Seu Próximo Passo: Não Responda Sem Antes Conferir
Antes de formalmente discordar da negativa da companhia seguradora, pare. Revise todos os documentos, compare as cláusulas e fundamente sua contestação.
Para auxiliar você neste processo crítico de revisão documental e argumentativa, preparamos um material prático e direto.
Clique no link abaixo e acesse nosso Checklist Essencial para a Avaliação de Negativas de Sinistro. Ele contém os passos cruciais que devem ser observados antes de formalizar qualquer resposta contrária à decisão inicial da seguradora, garantindo que sua abordagem seja a mais estratégica e cautelosa possível.



